segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Poema 6

Resumo de um cara comum,

Minha cabeça sangra

No calçamento de uma rua

Que eu nunca lembro o nome,

A palavra,

Duas coisas com um traço que as junta

Ácido

As doses misturam tudo.

Ela abre as pernas sobre meu rosto

Hoje a vontade do menino ganha

Amanhã ser assim ia doer mais

Quando os passos dela só fossem indecisos,

E aqui perto

Eu estaria perdido

Tentando resumir

Pra ela

Que só espero

Que meus olhos e

Meus copos

Brincando de tetris

Com meu fígado

Não façam o mesmo com

Seu sorriso vaga dupla

Seu coraçãozinho de guardanapo de bar

Aprendendo a destruir tudo

Com o tempo, como a vida

Com a vida, eu estaria perdido.

(Poema 6; in Tudo Isso Que Eu Não Consigo Dizer Embalado Pra Viagem)

Um comentário:

Chrys disse...

Ele disse que não tinha nada a ver...