quinta-feira, 5 de março de 2009

Pas de Deux Venoso

As mensagens
E as desculpas
Derretem sob os
próprios dedos
Sob o cheiro de uma
Confiança compulsiva
que parece escorrer
Das calças do amor
Cedo sempre cedo
Esse arremedo de culpa
Goza ainda vestido
tentando chamar
A atenção para si, amor
Não há nada que
Não tenha partido ao
Sentir o fedor de suas
Crianças sobretudo
quando riem
estando assim
quando espumam
estando assim,
Cansadas, fodidamente cansadas
todas as chances do amor
Infartam quando ouvem o tiro
De largada.

(In Junkie sem Gelo)

3 comentários:

Yuri disse...

E todo o resto?

O que a gente faz com o resto?

Chrys disse...

Não há resto.

Catarina Alice disse...

Uma sobra rejeitada.