quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Poema 2

Como eu nunca cheguei?

Pra ser franco

Nada pode ser feito

Pra encontrar

Um dia

Isso

Deitado no meu colo

E cabelos

Secos

Os olhos escarrados

O espirro

E o choro que eu lembro de ver em você

Era isso

Derramado

Um monte de cabelos molhados

E pingos d’água no espelho

E as mãos

Num copo

O meu rumo

Acaba

Lá fora e aqui

Nada disso se une

Ou chega na hora

Eu nunca cheguei.

(Poema 2; in Tudo Isso Que Eu Não Consigo Dizer Embalado Pra Viagem)

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